Qualidade e profissionalismo

Aberta há pouco mais de um ano, a BEIRANET apresenta-se como a empresa de informática mais abrangente do ramo em Castelo Branco no que diz respeito a prestação de serviços. Luís Barata, um dos gerentes, abre-nos as portas para o mundo das Tecnologias da Informação.

Em que consiste a BEIRANET – Soluções Informáticas?

A BEIRANET é uma empresa que tem como principal missão a prestação de soluções informáticas junto do tecido empresarial e institucional e que está no mercado há cerca de um ano e dois meses. Pretendemos dar uma resposta global e abrangente aos nossos clientes, em tudo o que sejam tecnologias da informação ou informática. Por exemplo, no que diz respeito à instalação de redes informáticas, podemos realizar o projecto e a instalação e, se for necessário, tratamos ainda da instalação eléctrica, pois também temos electricistas a trabalhar connosco.

Quais são as áreas em que actuam?

Temos duas grandes áreas de acção: software e hardware. No hardware, apostamos na venda de equipamentos para o mercado empresarial. Este sector surgiu como um acrescento às redes informáticas, ou seja, a partir do momento em que começámos a instalar redes, tivemos acesso a vários distribuidores. Fizemos várias certificações, o que nos dá acesso privilegiado a alguns distribuidores de material.

No hardware, o nosso público-alvo são as empresas e as instituições, porque achamos que para o cliente doméstico já há muitas lojas de informática, como as grandes superfícies e com as quais é muito difícil competir, pois compram praticamente ao preço dos nossos distribuidores, mas como procuramos satisfazer todos os pedidos que nos são endereçados, também vendemos equipamento e prestamos assistência a particulares.

Produzimos também software específico. Nesse campo, se um cliente nos pede um determinado software, nós fazemos primeiro uma sondagem no mercado para ver se ele existe e caso não exista, fazemo-lo nós – apesar de este ser um cenário pouco usual porque já há muito software feito. No entanto, há sempre pessoas que querem algo muito específico pelo que o fazemos sempre que necessário. Por exemplo, estamos a produzir software para gestão de correspondência para uma empresa de Castelo Branco, porque não havia nada no mercado que respondesse às necessidades apresentadas.

Qual é a filosofia da empresa?

Decidimos não ter uma loja aberta ao público porque a nossa intenção não é sermos uma loja de informática, mas sim uma empresa de prestação de serviços na área da informática. Por vezes dizemos que é “BEIRANET e tudo e tudo e tudo”. Ou seja, tudo o que seja preciso em termos de informática, nós fazemos. Se não soubermos fazer, vamos à procura de quem saiba, ou então, vamos aprender como se faz. Esta é uma das filosofias base da BEIRANET. Se não temos, temos de arranjar. Nós somos especializados em encontrar material difícil de encontrar. Já tivemos vários contactos de clientes que queriam material específico, e recorreram a nós porque não o encontravam em lojas de informática.

Que análise faz do mercado no sector informático?

O mercado informático, na minha opinião, está muito desacreditado. As pessoas têm um receio muito grande relativamente às novas tecnologias. Isto porque, provavelmente, já tiveram uma situação em que compraram gato por lebre, situação que acontece por diversas vezes. Por isso, é um bocado complicado entrar neste mercado. A nossa postura não é uma postura comercial – decidimos que não vamos ter comerciais na rua -, é antes uma postura consultiva. Ou seja, nós não nos colocamos em frente ao cliente para vender um produto, mas sim ao seu lado para dizer: “Isto é provavelmente o melhor para si”. Essa é a nossa postura e é assim que vamos tentar entrar no mercado. Inclusivamente, já temos alguns clientes satisfeitos com essa forma de trabalhar. Acima de tudo queremos cumprir com os nossos compromissos.

Qual é a área geográfica de actuação da empresa?

Actualmente, estamos a trabalhar sobretudo para empresas de Castelo Branco. Temos já alguns clientes também na zona de Portalegre e também na zona de Seia. Porém, a nossa área é essencialmente a de Castelo Branco, porque preferimos não nos expandirmos muito. Começamos só por este mercado, com o objectivo de causarmos uma boa impressão e, a partir daí, ir avançando aos poucos.

Há receptividade por parte das pessoas àquilo que a empresa oferece?

Sim, temos notado bastante e penso que, em parte, pela nossa maneira de trabalhar. Temos um relacionamento próximo com os nossos clientes e sempre que há qualquer problema, um dos primeiros contactos é a BEIRANET. Trata-se de uma situação que nos deixa bastante contentes, porque é sinal de que estamos a cumprir os nossos objectivos relativamente à postura consultiva que temos para com os clientes.

Este é um ramo em que a novidade é importante para cativar os clientes. Estão a par das novidades?

Sim. Na área de software temos uma área multimédia em que fazemos, entre outras, páginas para Internet, apresentações baseadas nas tecnologias Flash, para reuniões ou congressos e CD’s de apresentação de empresas e produtos. Nas páginas de Internet, estamos a postar na novidade, ou seja, já desenvolvemos uma plataforma para portais de informação, em que toda a página é construída com a intervenção do próprio cliente, quer sejam notícias, novidades, links, downloads. Decidimos desenvolver essa plataforma dado que desenvolvida à medida tem preços bastante elevados, desde os 10 mil aos 100 mil euros. Vamos então criar uma aplicação, que venderemos muito mais barato, em que o aspecto gráfico é o único que muda relativamente às outras, mantendo-se a restante estrutura basicamente na mesma.

Outra plataforma que temos é a de lojas virtuais. Estamos a ultimá-la e em breve vamos arrancar com a sua primeira versão, através da loja virtual da BEIRANET. Acima de tudo, servirá para mostrar a plataforma, a nossa ideia, mas é também mais um canal de comunicação que criamos. Em termos de novidades, há também a salientar as tecnologias Flash com que trabalhamos na Web. Estamos, sobretudo, a apostar em páginas diferentes. 

Em termos de material, que produtos vendem?

A partir do momento em que temos distribuidores, vendemos praticamente tudo. O cliente diz-nos aquilo que quer e em seguida fazemos uma pesquisa no mercado e apresentámos várias possibilidades que correspondam ao pedido. Mas o material que vendemos vai desde máquinas fotográficas a computadores, passando também por tinteiros, placas de rede, servidores, entre outros.

E o que é que os clientes mais procuram na BEIRANET?

Nesse campo, as coisas estão algo equilibradas. Nós somos quatro, dois a trabalhar numa área, dois noutra e não se pode dizer que tenhamos tempo livre. Não se pode dizer que a BEIRANET se distinga por isto ou aquilo no que toca a volume de vendas.

Como é a concorrência nesta zona?

Há alguma concorrência. Mas como temos vários tipos de serviços, ou seja, não estamos especializados numa só área e como procuramos dar uma resposta global para qualquer que seja a necessidade, não somos muito afectados. Mas o mercado das tecnologias de informação é muito grande e não está explorado, pelo que se as empresas forem boas, há espaço para todas trabalharem. É preciso é criarem mercados e públicos alvos para os serviços que têm. Ou seja, há alturas em que tapamos alguns buracos para os quais não há empresas que dêem resposta.

A BEIRANET é então a única empresa de Castelo Branco com esta vasta abrangência informática?

Com um leque de serviços tão grande, penso que não há mais nenhuma. Temos empresas abrangentes em termos de hardware, mas mais que isso não tenho conhecimento que façam. Existem ainda duas empresas que só fazem páginas para a Internet e com muita qualidade, mas lá está: têm um mercado mais específico.

Qual a maior empresa/instituição que lhes solicitou um serviço?

O Instituto Politécnico de Castelo Branco, mas acima de tudo em termos de material. Depois, temos as Águas do Centro, onde o nosso serviço é um abrangente, desde material a instalações de redes e esta foi uma daquelas em que aplicámos a instalação eléctrica. O software de gestão, de que há pouco falei, também está a ser desenvolvido para as Águas do Centro.

Quais são os planos futuros da BEIRANET?

As nossas intenções passam por continuar a apostar sobretudo na qualidade. Manter a aposta na relação consultiva com o cliente, sendo que o nosso sonho é que a BEIRANET se torne na maior empresa informática a nível da Beira Baixa, quiçá do Interior.

Como a BEIRANET é uma empresa cheia e ideias, temos umas quantas guardadas “na gaveta”, esperando a melhor altura para poderem ser postas em prática.

Também fazem parcerias com várias empresas de renome internacional. Tratase de uma aposta na divulgação do nome da BEIRANET?

Eu tento pôr-me no papel do cliente. Se fosse director de informática de um empresa, dava muito mais credibilidade a quem está associado a marcas como a Cisco, Oracle ou HP/Compaq. Então, nós tentamos apostar nessas parcerias, até porque temos formação e alargamos os nossos conhecimentos. De resto, ter sede de conhecimento e querer saber sempre mais é também uma das condições quase essenciais para alguém trabalhar na BEIRANET. As próprias tecnologias da informação obrigam a isso, porque se uma pessoa parar dois meses já fica desactualizada. Então, é como o ditado diz: junta-te aos melhores e serás como eles. A ideia é ter a imagem da BEIRANET associada a grandes empresas.

in Diário XXI – 16/01/2004